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Eu sou Keli Soares, psicóloga, terapeuta ericksoniana e consultora organizacional. Ministro treinamentos, palestras, cursos em empresas, abertos ao público tanto presencialmente como via internet sobre vários temas relacionados ao desenvolvimento pessoal e profissional. Meu propósito de vida é ajudar o maior número de pessoas, individual ou coletivamente a alcançar seus objetivos e realizar o que desejam.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Casey Caplowe – Good: Novos modelos de criatividade para gerar impacto no mundo



Nesse vídeo: http://www.tedxsaopaulo.com.br/casey-caplowe-sub/, Casey Caplowe comenta como a construção de sua empresa foi baseada na missão de trabalhar por um bem coletivo e, apesar de trazer a idéia de como o Brasil pode contribuir com o mundo, minha atenção retoma a idéia de inovação apresentada.  

A Good é uma empresa de mídia que criou uma rede de colaboração entre indivíduos, empresas e instituições sem fins lucrativos para compartilhar idéias, ações e desenvolver projetos de diversas magnitudes que beneficiam a sociedade de alguma forma. O objetivo da Good é disseminar soluções e debates acerca dos problemas sócio-culturais e trabalhar para a construção de um mundo melhor.

Na concepção deles, “good” é tudo aquilo que você consegue alinhar seus interesses com os interesses do mundo. Eles fogem da idéia individualista do que é bom, que pode ser uma atitude egoísta, e abraçam um conceito coletivo. Bom mesmo é quando é bom para todos.
Agarrados a esses valores, a principal inovação da empresa foi abrir espaço para ouvir as demandas da sociedade e conectá-la com profissionais que desenvolvem soluções para problemas diversos. A empresa busca terceirizar idéias criativas, criar novos modelos que impactam verdadeiramente  na vida das pessoas. Um exemplo que Sr. Caplowe expôs foi a reforma de uma rua para favorecer os pedestres. Nesse projeto, eles tiveram a contribuição de diversos designers e da população que vivia no local para a construção do modelo final.
Ao tratar sobre o tema inovação, o palestrante faz uma citação que me chamou muita atenção porque acredito que esse é um dos pontos chaves do processo de inovação:
“You will never change things by fighting the existing reality” – Bucky Fuller

A inovação, na grande maioria das vezes, é criada a partir de uma demanda, de uma necessidade para solucionar problemas, aprimorar processos, produtos ou serviços. A inovação sempre parte da transformação da realidade e não a partir da criação de uma nova realidade. Hoje a maior inovação que pode-se ter é aquela que está atrelada a ética socioeconômica, que envolve ações e projetos comprometidos com a construção de um mundo melhor.

Dentro do paradigma da economia atual, estamos em um processo de transformação dos conceitos de valor que interferem em todo o processo produtivo e nas relações socioculturais. No início do século passado, o valor estava atrelado principalmente a produção em larga escala e na mão-de-obra mecânica e operacional do homem que garantia maior quantidade de produtos e consequentemente, maior lucro. Nesse paradigma, o progresso era algo buscado incessantemente pelas instituições do mundo inteiro independente de qualquer impacto ambiental ou social provocado.  Após a revolução do microchip, a partir da década de 1980, o valor começa a ganhar uma outra concepção. Hoje o conhecimento é a principal forma de valor e o homem como trabalhador é valorizado por sua capacidade de raciocínio e criatividade. Isso pode ser observado em produtos que possuem alta tecnologia. Todos eles, quando lançados, sempre possuem valores altíssimos que, na verdade, são referentes a inovação, a nova tecnologia que foi criada a partir de um conhecimento altamente especializado.

O conhecimento, como forma de valor, não está presente apenas nos produtos tecnológicos, mas em tudo que envolve a pesquisa e o conhecimento científico. A questão do meio ambiente, por exemplo, é outro fator que influencia bastante nos preços dos produtos e serviços. Normalmente, as empresas ecologicamente corretas possuem produtos mais caros porque para inserir o valor ambiental no seu processo produtivo é necessário investimentos em novas tecnologias, processos e principalmente pesquisas que geram novos conhecimentos e resultados impactantes.

Como a concepção do valor monetário está intimamente atrelada a concepção dos valores socioculturais, as transformações na sociedade atual são apenas reflexos desse processo de transformação do paradigma econômico. Por isso que hoje há tantos debates em torno da questão socio-ambiental, o que nos mostra que estamos em um processo de evolução, como sistema e como sociedade, para aceitar e procurar cada vez mais soluções que consigam alinhar inovação, sustentabilidade e claro, o lucro. Não temos como nos dissociar da questão monetária que envolve a busca constante do lucro, é através dessa dinâmica que o sistema é sustentado, mas felizmente, hoje estamos evoluindo para produções que buscam o lucro e o bem da humanidade como um todo. 


SOBRE A AUTORA DO ARTIGO:

MAYARA PESTANA RODRIGUES
Economista, graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo,  com atuações significativas em movimentos estudantis voltados para o empreendedorismo e desenvolvimento de lideranças. Possui experiência em apresentações institucionais, treinamentos, planejamento estratégico e em projetos acadêmicos na área de vendas e gestão empresarial. Habilidades de liderança e no trabalho em equipe, com postura pró-ativa e análise crítica, aliado às características como planejamento, organização e a busca por desafios completam seu perfil.
E-mail: pestana.mayara@gmail.com

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